Libras

Libras

domingo, 31 de maio de 2015

Inclusão da criança surda na família ouvinte

Geralmente, os pais assim que descobrem que um bebê está chegando, costumam idealizar um modelo de criança: Cor dos olhos, da pele, o tamanho do nariz, com quem ele vai parecer- Com a mãe? Ou talvez mais parecido com o pai?- Entre outros modelos para se imaginar. Pensam nos brinquedos também, aqueles que acendem as luzes, que tocam músicas, tudo para chamar a atenção da criança que está prestes a chegar.
Quando a criança nasce, às vezes não responde as expectativas daquela família, mas não tem como afirmar nada. Passa-se alguns anos, e a família começa a reparar que essa criança não corresponde da forma que eles esperavam, então se procura um médico ou especialista. Quando enfim, descobrem o diagnóstico da surdez do filho. A família fica surpresa, pois jamais esperavam isso acontecer, eles tinham idealizado um filho “PERFEITINHO” sem nenhuma “Deficiência”. E agora? O que fazer? Comprar aparelhos auditivos? Enfim... Muitas questões vêm à tona, pois eles acabam perdendo o chão.
Na realidade, esse é um pequeno exemplo do que se acontece em famílias ouvintes e filhos que nascem surdos. Após um diagnostico de surdez, eles não sabem como fazer, ficam imaginando como será o futuro dessa criança, como será que ela aprenderá na escola, se vão ensinar a ler os lábios (oralizar), ou ensinar os sinais (LIBRAS ), entre outros questionários que aparecem.
O essencial é a família aceitar esse diagnostico, e simplesmente buscar meios para que essa criança se desenvolva de forma saudável e viva uma vida normal. Não apenas porque ela é surda, que vão excluí-la, JAMAIS, mas incluí-la no meio que ela está inserida.
O mais aceitável, seria a proposta bilíngue, pois assim ela terá a LIBRAS como a principal língua, e a língua do país de origem. Estimular a LIBRAS é muito importante, para que a criança sinta-se bem. “O desenvolvimento da língua, deve acontecer de maneira natural e prazerosa”. (Livro: “Tenho um aluno surdo, e agora?” pág. 19) .
Mas como futuras educadoras, precisamos ajudar essa criança surda, a se socializar com esse mundo onde a proposta de inclusão está em lei, mas que muitas vezes não é colocada em prática. Precisamos procurar incluir essa criança e fazê-la se sentir a vontade no meio que está inserida. Pode ser que muitas vezes a família não aceite, mas precisamos abrir oportunidades para ela ser quem realmente é, e criar sua própria identidade. Devemos mostrar para essa criança o quanto ela pode, como todas as outras crianças, independente de sua surdez.
“É de suma importância que esses “pré-conceitos” sejam trocados por outros conceitos não predeterminados que entendam o surdo como capaz. Para que o surdo possa vir a ser capaz, ele apenas necessita ter boas condições de desenvolvimento, e para que isso ocorra é necessário haver condições ideais de construção linguística. São necessárias experiências de vida permeadas pela linguagem, e a linguagem está presente quando eu sou capaz de perceber o outro como capaz.” (Livro: “Tenho um aluno surdo, e agora?” pág. 24).


Paloma Santos 

Um comentário:

  1. Olha Paloma, realmente é isso que acontece com todas as pessoas que não tem conhecimento da surdez. Para ser bem sincera, antes de ter contato com a cultura surda, concerteza eu perderia meu chão se eu tivesse um filho surdo. Hoje, sei um pouco sobre como proceder nesse caso, mas ainda quero muito poder me aprofundar nesse assunto. Beijos

    ResponderExcluir